Beatriz Pessoa é uma das vozes mais refrescantes e inovadoras da nova música portuguesa. Cantora e compositora, licenciada em Voz pela Escola Superior de Música de Lisboa, tem trilhado um percurso marcado pela sofisticação e versatilidade musical. Lançou os EP’s Insects (2016) e II (2018), onde explorou influências do jazz, MPB e pop alternativo.
Já subiu a palcos como NOS Alive, Meo Marés Vivas e EDP Cool Jazz e gravou o seu primeiro LP, Primaveras (2019), no Rio de Janeiro, ao lado de músicos de Gilberto Gil e Rubel. Em 2023, consolidou-se com PRAZER PRAZER, um álbum em parceria com Marcelo Camelo, reforçando a sua identidade artística singular.
Em 2024, tornou-se mãe e lançou “Violeta”, uma canção profunda e emotiva sobre essa experiência. Atualmente, anda a dar vários concertos pelo nosso Portugal para apresentar o seu novo disco do qual já são conhecidos vários singles, como “A Pique, C’est Chique” ou “Pó de Palco”.
1. Rita Lee
Rita Lee (1979)

A Rita Lee é sem dúvida umas das minhas maiores referências musicais.
Um disco dela ou d’Os Mutantes não poderia faltar nesta lista. Também recomendo ler a auto-biografia dela, especialmente o primeiro volume, é mágico e deu-me muita inspiração para escrever este próximo disco.
2. Nat King Cole
Cole Español (1958)

Este disco é uma pérola. “Conheci” o Nat King Cole quando estudava jazz e já adorava a sensação de sentir veludo quando ouvia a voz dele. Mais tarde cruzei-me com o vinyl do albúm Cole Espanol e todo um novo universo se abriu… como é que um sotaque espanhol tão mau pode soar tão elegante e charmoso? É ouvir, recomendo a 200%.
3. Feist
Multitudes (2023)

A Feist é uma cantautora incrivel. Acho que tem a carreira que um dia gostava de ter. Altamente consistente. Este último disco dela Multitudes é o meu preferido, especialmente a canção “Love who we are meant to”. É uma lição sobre escrita de canções, sofisticação de arranjos e elegância vocal. O concerto dela ao vivo no Coliseu (2023) foi dos mais bonitos e inspiradores que vi.
4. Kalbells
Max Heart (2021)

Descobri esta banda num concerto onde fui parar de forma totalmente aleatória em Brooklyn, NY. Não fazia ideia quem eram mas achei a música hiper refrescante e divertida. Hoje em dia são das minhas bandas preferidas. Girl power máximo, ideias novas e inesperadas, arranjos desconcertantes que me deixam sempre um sorriso na cara.
5. Sarah Vaughan
Sarah Vaughan (1954)

Um clássico, uma das deusas do jazz vocal. A Sarah canta e o mundo fica sempre melhor. Este disco com cordas é uma delicia. Para ouvir sentado a olhar para a janela . Ou a fazer outra coisa qualquer. É para tudo e todos.
6. Mina
Sabato sera – Studio Uno '67 (1967)

A Mina tem que ser descoberta, caso ainda não conheçam. Uma génia. Nem consigo falar com clareza porque ela esteve muito à frente do seu tempo, desde as letras, ao estilo… é incrível. Ouçam e vejam.
7. Earth, Wind & Fire
The Best of Earth, Wind & Fire, Vol. 1 (1978)

Quer dançar e abanar o ombrinho de forma incontrolável? Ouça Earth Wind & Fire, qualquer canção serve. De nada.
8. Claudya
Deixa Eu Dizer (1973)

Descobri a Claudya demasiado tarde e não quero que vos aconteça o mesmo. Sabem aquele sample do Marcelo D2? É ela. E as outras músicas deste disco são igualmente incríveis. Deixem ela dizer que ela diz bem.
9. Humanos
Humanos (2005)

O disco da minha infância. Inúmeras viagens de carro a cantar o “Amor de conserva” e o “Maria Albertina” a altos berros no banco de trás. Um disco que me faz rir e recordar ser pequena.
10. Françoise Hardy
Tous Les Garçons Et Les Filles (1962)

Este disco faz-me sentir a primavera e imaginar que sou francesa e que como fromage de forma super chique. Funciona sempre, recomendo a viagem.
11. La Lupe
Reina de la Canción Latina (1967)

A La Lupe anima qualquer um a qualquer hora. Uma espécie de Carmen Miranda, mas ainda mais intensa e teatral. Se adoram o “Papel principal” e gostavam de ouvir a versão latina intensa, é escutar o “Puro teatro” e entrar na onda do drama épico.
Já dizia um doutor, um drama épico por dia nem sabe o bem que lhe fazia.
* fotografia de Beatriz Pessoa de Daniel Mota