Soundgarden estão prestes a concluir o último álbum com gravações inéditas de Chris Cornell.

Francisco Pereira

Os Soundgarden estão muito perto de concluir aquele que deverá ser o último álbum da banda, construído a partir de gravações vocais deixadas por Chris Cornell antes da sua morte, em 2017.

Depois de anos de impasse legal entre os membros da banda e a família do cantor (um conflito que só foi resolvido em 2023, permitindo finalmente o acesso aos ficheiros originais) o grupo regressou ao estúdio com o produtor Terry Date, o mesmo que ajudou a moldar alguns dos discos mais importantes da banda, como Louder Than Love e Badmotorfinger.

Matt Cameron, baterista do grupo, descreve o processo como emocionalmente exigente mas gratificante, admitindo que ouvir a voz de Cornell nas novas canções continua a ser “avassalador”, ainda que profundamente motivador. Ben Shepherd, baixista, reforça essa ideia ao falar da experiência de escutar Cornell “de volta à vida” enquanto acrescentam novas camadas instrumentais às faixas inacabadas.

Os músicos sublinham que este não é um exercício de nostalgia. Algumas das composições apontam para caminhos que poderiam ter marcado uma nova evolução na sonoridade da banda, caso Cornell estivesse vivo, misturando a intensidade clássica do grunge com nuances mais subtis e contemplativas.

Embora o trabalho esteja “muito perto” de terminar, ainda não existe uma data prevista para o lançamento. A banda quer terminar todas as gravações antes de avançar com um single, por forma a que o disco seja recebido como um documento coeso e digno da história dos Soundgarden. Quando chegar, será um momento de grande carga simbólica.

Por agora, recordemos “Black Hole Sun”:

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