“Canção da Paciência” é o novo tema de Cristina Branco.

Francisco Pereira

Cristina Branco apresenta o novo single “Canção da Paciência”, já disponível nas plataformas digitais, e revela a digressão “Cristina Branco canta José Afonso”, com destaque para o concerto na Casa da Música a 17 de dezembro.

O  single “Canção da Paciência”, disponível a partir de hoje nas plataformas digitais, integrará o alinhamento do espetáculo “Cristina Branco canta José Afonso”, cuja digressão nacional tem como principal destaque o concerto de 17 de dezembro, na Casa da Música no Porto.

… “sou como o sossego, sei esperar”.

«Bastaria esta frase para resumir tudo nesta música. Existem duas possíveis leituras. A primeira, e mais óbvia, a da história do pai que espera anos a fio pelo momento de vingar a morte da filha; a segunda, que fala do tempo que demora a amadurecer um objetivo, um protesto, sem dúvidas, sem medo. Talvez seja isto que o poder mais teme, não o protesto que grita mas aquele que recusa ajoelhar-se sem medo, crente, na certeza do prumo, do amor como bandeira. Trazendo para aqui, para o dia de hoje, o debate sobre o discurso radical e intransigente e de como este entrou a pés juntos no nosso léxico, no discurso de todos os dias de quem parece não ter mais tempo, radical é esta violência cada vez mais tolerada contra quem só procura paz, amor e verdade. Levantemo-nos, porque o belo espreita em todas as esquinas.»Cristina Branco.

Três meses após o lançamento de “Teresa Torga” — tema no qual Cristina Branco aprofunda a homenagem a José Afonso iniciada com o álbum “Abril” (2007) —, a artista retoma o universo do icónico cantautor, desta vez explorando a sua obra a partir de uma perspetiva singular e iluminadora: o olhar feminino.

Cristina Branco volta a revisitar a obra de José Afonso acompanhada pelos cúmplices musicais de sempre: Ao piano, Ricardo Dias imprime a sua assinatura lírica e incisiva; Bernardo Moreira assegura, no contrabaixo, uma base rítmica e harmónica de refinada consistência; Alexandre Frazão revela na bateria toda a sua versatilidade e sensibilidade rítmica; e Mário Delgado, na guitarra elétrica, acrescenta um universo sonoro singular que cruza tradição e vanguarda. A este coletivo junta-se ainda o talento promissor de Tomás Marques, no saxofone.

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