Acaba de chegar um dos primeiros grandes álbuns de 2025. “Eusexua” confirma FKA twigs como uma das mais excitantes artistas da atualidade.
Um estado de bem-estar sensual total, é assim que a própria FKA twigs, a enigmática artista britânica, descreve “Eusexua”, o seu terceiro álbum de estúdio, lançado recentemente. Trata-se de mais um trabalho com a sua habitual assinatura avant-garde que desafia as convenções, mas desta vez misturando elementos de techno, house e garagem, que aponta certeiro às pistas de dança.
“Eusexua” convida ao êxtase físico – não é por acaso que FKA twigs diz ter sido fortemente influenciada pela cena underground dos clubes de Praga que frequentava enquanto filmava a nova versão do filme “O Corvo”.
Desde os seus primeiros passos na música com “LP1” (2014), onde mergulhou no trip-hop e R&B alternativo, passando por “MAGDALENE” (2019), que nos ofereceu uma emotiva introspeção, twigs tem-se afirmado como uma visionária sonora. Agora, com “Eusexua”, convida-nos para a pista de dança, mas não de forma convencional. Este álbum é uma celebração da cura somática através da música, onde cada batida e melodia parecem sintonizar-se com os ritmos internos do corpo.
O álbum abre com a faixa-título, uma ode psicadélica à dança, que nos transporta para um estado quase transcendental. Como exemplo, “Girl Feels Good” evoca o a fase “Ray of Light” de Madonna, com sintetizadores etéreos e uma batida pulsante que nos faz querer perder-nos na música. “Perfect Stranger” traz reminiscências de The Weeknd, com uma produção sofisticada e vocais sedutores. Há ainda alguns sons que parecem saídos do grande álbum do verão passado, “Brat” de Charli XCX.
“Eusexua” é um álbum que exige ser sentido tanto quanto ouvido, uma viagem sensorial que nos convida a explorar as profundezas da conexão entre mente e corpo. É uma jornada que vale a pena embarcar.