LUÍS SEVERO
Outrora conhecido como O Cão da Morte, já há muito que Luís Severo trocou o “som sujo” da sua adolescência pelas canções de amor. Aos quase 30 anos é já um dos mais consagrados cantautores portugueses e uma das figuras centrais da música nacional, que brotou ao longo da segunda metade da década de 2010.
Cedo ou Tarde, com lançamento planeado para final do ano, é o próximo disco do músico que se estreou em nome próprio com Cara d’Anjo (2015). Na altura cantava “Ainda é Cedo”, que tinha “Vida de Escorpião”, sobre a “Nita” e os “Lábios de Vinho”, e rapidamente foi notado pela crítica e pelo público. De Odivelas foi para Lisboa, juntou-se à Cuca Monga dos Capitão Fausto e, pela mão da Sony Music, lançou o segundo, e muito aclamado, disco. De Alvalade a Penha de França, “do primeiro beijo ao frio de Santa Apolónia”, no homónimo Luís Severo (2017) deixava a mocidade. “Fui moço, já sou homem”, dizia-nos, entre beijos nervosos, jeitos de raposa, e “Olho de Lince”. Sem aviso prévio e com o desflorar da Primavera de 2019 lançava O Sol Voltou. Criado em total solidão, Luís assumia todos os instrumentos do álbum que viria a ser apresentado nesse ano num concerto esgotado no gnration. Entre disco houve ainda espaço para dois álbuns ao vivo, um ao piano, Pianinho (2017), e outro à guitarra, Guitarrinha (2019).
Desde então, afastou-se dos lançamentos mas nunca da música. Aventurou-se na produção, com o disco Vida Plena (2022) de Catarina Branco. Quando João Sarnadas, que conhecemos como Coelho Radioativo, voltou aos discos, quem mais do que Luís Severo, antigo companheiro nos Flamingos, para assinar a deliciosa “Anda Vai Prá Cama”.
Mas agora, cedo ou tarde, a espera acabou. Há novo disco de Luís Severo no horizonte.