Luta Livre, C O N T R A F A Ç Ã O (Edição de Autor)
Com Contrafação, Luís Varatojo assume de forma plena o projeto Luta Livre, entregando o seu terceiro álbum, mas o primeiro “verdadeiramente solo”, em que ele toca guitarra, sintetizadores e lidera os vocais. É lançado hoje como edição de autor e sucedendo a Técnicas de Combate (2021) e Defesa Pessoal (2023). O disco reúne dez canções de escárnio e observação social, mesclando melodias simples com textos diretos sobre a contemporaneidade portuguesa, numa proposta estética de “menos arranjo, mais verdade”.
Militarie Gun, God Save The Gun (Loma Vista)
A banda californiana Militarie Gun regressa com God Save the Gun, o segundo álbum da carreira, com o selo da Loma Vista Recordings. Este trabalho sucede ao aclamado Life Under the Gun (2023) e aprofunda temáticas de auto-destruição, redenção e identidade. Ian Shelton (vocalista e letrista) revela um registo mais vulnerável, disposto a confrontar traumas em canções que oscilam entre momentos agressivos e reflexivos. A sonoridade mantém a urgência punk, mas incorpora maior densidade emotiva e ambição estrutural.
Chrissie Hynde, Duets Special (Parlophone)
Chrissie Hynde, a voz dos Pretenders, lança Duets Special (creditado como Chrissie Hynde & Pals) via Parlophone / Rhino. O álbum reúne 13 duetos com artistas como K.D. Lang, Rufus Wainwright, Debbie Harry, Dave Gahan, Cat Power, Shirley Manson e Mark Lanegan, reinterpretando melodias clássicas num formato íntimo e despojado. Hynde explica que o projeto nasceu em 2023, num momento de espontaneidade criativa, com a intenção de celebrar amizades musicais e melodias atemporais.
IBSXJAUR, Sanity (Cuca Monga)
A dupla portuguesa IBSXJAUR, formada por JAUR (cantautora pop portuguesa) e INFRABASSESATURE (produtor eletrônico francês), lança Sanity pela Cuca Monga. O projeto surgiu em 2022 com poucos recursos e ganhou notoriedade através de singles como “Echo“, “Speedlimit“, “The Molt” e “Nobody Is Having Fun“, construindo uma estética que funde bass contemporâneo com pop alternativo, drum & bass, jungle, techno e vozes melódicas. O single “UP!” (com Marianne), divulgado em fevereiro de 2025, já antecipa as texturas densas e o contraste entre agressividade sonora e melodia presente no álbum. Sanity simboliza a afirmação definitiva do duo no panorama underground nacional.
bar italia, Some Like It Hot (Matador)
O trio londrino bar Italia lança Some Like It Hot, através da Matador Records, um trabalho que sucede os duplos lançamentos de 2023 — Tracey Denim e The Twits — e leva adiante a sonoridade crua e honesta da banda, mesclando elementos de rock alternativo, pop distorcido e introspecção.
Bloodsports, Anything Can Be A Hammer (Good English Records)
Anything Can Be A Hammer é o álbum de estreia da banda Bloodsports, lançado hoje através da Good English Records. Formada por Sam Murphy (vocais/guitarra), Jeremy Mock (guitarra/sintetizadores), Liv Eriksen (baixo/vocais) e Scott Hale (bateria), e com produção de Hayden Ticehurst, a banda constrói um discurso musical que vai da dissonância contida ao punk visceral. O álbum transita por tensões existenciais, desejo e desespero, alternando passagens épicas e desarmes sensíveis, culminando no tema-título que encerra o trabalho com força e ambiguidade.
Mind Mojo, Keep Your Spirits Up (Altafonte, MORADA)
Os Mind Mojo estreiam-se com este Keep Your Spirits Up, disco editado pela Altafonte Portugal em parceria com MORADA, na passada quarta-feira. O disco é fruto de três anos de criação coletiva e procura harmonizar universos sonoros distintos, tais como a Neo Soul, R&B, Funk, Rock ou Pop, num território próprio onde cada tema surge de improvisações que depois são refinadas para manter spontaneidade e coesão. O single de avanço You Take Me Places já revelara essa ambição, com refrão luminoso, harmonias vocais e arranjos cuidados.
Soulwax, All Systems Are Lying (Deewee / Because Music)
Os irmãos Dewaele, sob o moniker de Soulwax, regressam com All Systems Are Lying. Após um hiato de sete anos desde Essential (2018), os Soulwax apresentam um álbum que pretendem como “um disco de rock sem guitarras elétricas”, construído com sintetizadores modulares, bateria ao vivo e vozes processadas. O som deste regresso mistura funk, post-punk e electrónica, com vocalizações mais explícitas da colaboradora Laima Leyton, oferecendo uma crítica digital à sociedade moderna.
The Last Dinner Party, From The Pyre
From the Pyre, é o segundo álbum da banda britânica The Last Dinner Party. O grupo emergiu rapidamente no cenário indie, com uma estreia que alcançou reconhecimento, e este novo disco representa uma evolução mais ambiciosa em termos de produção e narrativa. O som é descrito como denso, barroco e cheio de camadas dramáticas, com referências bíblicas e uma abordagem teatral, mantendo a estética grandiosa que caracteriza a banda. Para conhecer ao vivo no concerto em Lisboa, em fevereiro de 2026.
Cusp, What I Want Doesn’t Want Me Back (Exploding In Sound Records)
What I Want Doesn’t Want Me Back é o segundo álbum dos Cusp, sucessor de You Can Do It All (2023). O disco foi concebido num momento mais estável de vida da banda, depois de uma fase de transição pessoal e geográfica. Nesse cenário, os membros puderam questionar escolhas, identidade e raízes com maior profundidade. A influência dessa maturidade reflete-se em canções mais introspectivas, mas ainda vibrantes.
Tame Impala, Deadbeat (Columbia)
Com Deadbeat, Kevin Parker retoma a identidade Tame Impala num registo mais direto e club-psych. Gravado entre Fremantle e seu estúdio Wave House, o álbum incorpora influências da cultura rave australiana-ocidental (bush doof), com produção esculpida e minimalista. As letras exploram loops emocionais, dias perdidos e a tensão entre a espontaneidade e o perfeccionismo.
Miles Kane, Sunlight In The Shadows (Easy Eye Sound)
Miles Kane regressa com Sunlight In The Shadows, produzido por Dan Auerbach (The Black Keys). O álbum traz 12 faixas que transitam entre o rock psicadélico, melodias e riffs fortes, com compromisso entre energia crua e sofisticação pop. Kane afirma que o disco sintetiza décadas de influências, de T. Rex, à Motown, passando pelos The Easybeats, e que é pensado para ser vivido ao vivo, com intensidade e ambiente.
Sudan Archives, THE BPM (Stones Throw Records)
Em THE BPM, Sudan Archives dá um salto do espaço indie para o universo de dança mais explícito, gravando em Los Angeles, Chicago e Detroit. O registo mostra uma nova persona, Gadget Girl, combinando violino, beats experimentais e estética club. A artista afirma que se libertou como produtora e compositora, adotando uma abordagem tecnológica e expansiva.
The Big Idea, Half A Dozen (EXAG Records)
Half A Dozen é o sexto álbum do sexteto francês The Big Idea e marca uma viragem: em vez de altos conceitos, a banda optou por gravação mais crua, capturando energia ao vivo, sob a orientação do produtor Jeremy R.G. Snyder (colaborador de Idles, Lambrini Girls). A banda nasceu em 2015 e desde cedo que se envolveu com a criação coletiva, organizando a sua própria rede de concertos underground em Paris. Com este disco, eles abraçam uma abordagem mais direta e visceral, carregada de psicadelismo e urgência.










