Alex G, Headlights (RCA)
Headlights é o décimo álbum de estúdio do aclamado artista Alex G, mas é a sua estreia numa discográfica maior. No entanto, Alex G não se rende ao comercial. O lo-fi e folk que cultivaram a base de fãs nos últimos anos mantêm-se. As letras são pessoais e as canções cristalizam a poesia de pequenos momentos mundanos com o experimentalismo familiar que Alex G já tanto provou dominar.
Billie Marten, Dog Eared (Fiction Records)
Billie Marten juntou-se a Philp Weinrobe (Adrienne Lenker, Buck Meek) para gravar o seu quinto álbum em Brooklyn. O resultado é uma mistura de vintage folk e Laurel Canyon com outras texturas mais modernas, principalmente na percussão. As canções são delicadas e atmosféricas à sua própria maneira. Se se começa a ouvir Dog Eared, é difícil parar antes do fim.
Coral Grief, Air Between Us (Suicide Squeeze)
Air Between Us é o álbum de estreia do trio dream-pop de Seattle Coral Grief. As composições são aéreas, fundindo as guitarras e os sintetizadores numa espécie de bruma marinha sonora que paira no ar. Refletem sobre mudança, perda e memória com uma maturidade que impressiona para primeiro álbum.
Disinblud, Disinblud (Smugglers Way)
Rachika Nayar e Nina Keith juntam-se pela primeira vez no duo experimental e álbum homónimo Disinblud. A produção eletrónica é central, mas também se sente de igual forma a presença orgânica das guitarras ambient e os toques clássicos de clarinete, piano e flauta. É uma experiência imersiva que prova que a música não precisa de palavras para comunicar.
DJ Haram, Beside Myself (Hyperdub)
Beside Myself é outro álbum de estreia na lista desta semana. DJ Haram entrega club music no seu mais caótico. A experimentação é contínua e arrojada, misturando industrial, rap, dance underground e avant-garde e música do Médio Oriente. É desorientador mas é um labirinto certamente recompensante.
Forth Wanderers, The Longer This Goes On (Sub Pop)
Os Forth Wanderers estão de volta, embora eles neguem que este álbum seja um regresso. O grupo apresenta um som polido mas genuíno e nas letras é claro que a banda tirou algum tempo para fazer o seu próprio crescimento. O espírito colaborativo emana por todos os cantos do registo e é algo bonito de se ouvir.
Jade Bird, Who Wants to Talk About Love? (Glassnote)
Depois de um noivado falhado, Jade Bird reflete no peso do divórcio dos seus pais e da relação dos seus avós nas suas próprias relações amorosas. Desta vez, trabalhou com conhecidos produtores pop, como Teddy Geiger e Greg Kurstin, limando os cantos mais agrestes do seu folk-rock. É um álbum profundo que não tem medo de colocar as questões difíceis.