Por: Comunicado de Imprensa
Ao longo dos últimos meses, um grupo de mulheres residentes no Porto e nas suas imediações juntaram-se de forma regular para pensar criativamente a questão: “Quanto espaço, físico e simbólico, ocupam as mulheres nas cidades?”. O resultado destas trocas ganha forma no próximo dia 29 de junho, numa apresentação pública que assume o formato de uma experiência sonora e performativa a ter lugar na Estação de Campanhã, no Porto. A performance terá duas sessões, uma às 18:00 e outra às 20:00, com uma duração de cerca de 1h30. O acesso é gratuito, mas implica inscrição devido ao número limitado de vagas. A mesma pode ser feita através do website da PELE. A experiência ocorrerá em Português e aconselhada para maiores de 12 anos.
Envolvendo as mulheres que participaram nos laboratórios realizados, A Cidade Invisível – Cartografia(s) dos Caminhos Diários foi construída a partir do mapeamento dos caminhos regulares que as mesmas fazem, cruzando o registo real, partilha emocional e o imaginário convocado sobre o que vemos, ouvimos e sentimos no espaço público, mas também do que não vemos, do que não ouvimos e do que não sentimos, enquanto habitamos a cidade nos nossos quotidianos. A proposta convida o público a percorrer diferentes espaços da estação, acompanhados por uma composição sonora que integra gravações realizadas no âmbito dos encontros do coletivo, assim como diferentes ativações performativas que convocam a assistência a interagir com a narrativa criada.
Como muda a minha perceção do espaço ao caminhar de noite ou de dia? O que carrego ao longo do caminho? Como me encontro com outros? De que forma? Como é que me sinto quando paro, quando me mexo? O que me chama a atenção? Do que sinto falta?
Esta atividade insere-se no projeto internacional TransFemina: Intersectional Landscapes, co-financiado pelo programa Europa Criativa e pela DGArtes, que aprofunda, critica e pensa criativamente a invisibilidade das narrativas feministas e as desigualdades nos espaços públicos do Porto, Barcelona e Modena. Com ativações locais que envolvem um total de 80 participantes, este processo resulta em ações performativas no espaço público, caminhadas sonoras imersivas e uma fanzine, que propõem outras e novas formas de (re)imaginar, ocupar, apropriar e ressignificar as cidades.
TransFemina é uma organização entre coletivos feministas: PELE (Porto, Portugal), Collettivo Amigdala (Modena, Itália) e Col·lectiu Punt 6 (Barcelona, Espanha).
Esta experiência é uma criação PELE e conta com o apoio da IP – Infraestruturas de Portugal, da STCP – Sociedade de Transportes Colectivos do Porto e da Junta de Freguesia do Bonfim.