Diane Keaton deixou-nos aos 79 anos: partiu uma das vozes mais singulares de Hollywood.

Francisco Pereira

Diane Keaton morreu aos 79 anos, na Califórnia, a 11 de outubro de 2025. A atriz norte-americana, vencedora de um Óscar por Annie Hall, deixa um legado de mais de cinco décadas no cinema, com papéis marcantes em The Godfather, Reds e Something’s Gotta Give.

Diane Keaton faleceu na passada sexta-feira, dia 11 de outubro de 2025, aos 79 anos, na Califórnia. A informação foi confirmada por um porta-voz da família, citado pela revista People e por vários meios internacionais. A atriz morava nos Estados Unidos e morreu acompanhada pelas suas pessoas mais próximas.

Até ao momento, não há uma identificação pública da causa da morte, contudo, era sabido que, nos últimos anteriores, a sua saúde debilitou-se de forma bastante rápida.

Diane Keaton — cuja carreira estendeu-se por mais de cinco décadas — foi uma das vozes mais singulares de Hollywood, tanto pela sua presença no ecrã como pelo modo como redefiniu arquétipos femininos no cinema. A sua consagração chegou com Annie Hall (1977), de Woody Allen, papel que lhe valeu o Óscar de Melhor Atriz. Este filme não só cimentou o seu estatuto como estrela, mas também teve um impacto cultural duradouro, tendo ajudado a renovar a comédia romântica americana, com personagens mais vulneráveis ou menos idealizados.

Para além da leveza cómica, Keaton demonstrou uma capacidade dramática fora do comum. O seu papel como Kay Adams na trilogia The Godfather (1972-74) introduziu-a num universo muito mais pesado, onde o drama familiar, o poder e a moralidade eram centrais e exigiam subtilizas interpretativas. Ela recebeu nomeações para o Óscar pelas interpretações em filmes como Reds (1981), Marvin’s Room (1996) e Something’s Gotta Give (2003), o que revela uma carreira que atravessou géneros, estilos e décadas mantendo a relevância crítica.

Keaton não foi só atriz — a sua incursão por detrás das câmaras também é parte do legado. Realizou filmes como Unstrung Heroes (1995) e Hanging Up (2000), bem como o documentário Heaven (1987), em que explora temas filosóficos e existenciais. Esta multiplicidade de papéis — atriz, realizadora, produtora — mostra não só talento mas vontade de exploração artística e de controlo criativo.

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