Preparem-se para voltar a calçar os pés descalços e azuis. James Cameron revelou as primeiras imagens de “Avatar: Fogo e Cinzas”, o novo episódio da ambiciosa odisseia interplanetária que já dura há mais de 15 anos. O filme chega aos cinemas no final de 2025, com exibição garantida em formatos como IMAX 3D, 4DX e ScreenX — ou seja, tudo aquilo que obriga o espectador a mergulhar (literalmente) na experiência visual de Pandora.
A narrativa continua a seguir a família Sully, com Jake (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) a lutarem por manter a sua unidade e proteger o seu planeta de novas ameaças humanas. Mas há sangue novo no mundo dos Na’vi: nesta terceira entrada, será apresentado o clã conhecido como Povo das Cinzas, um grupo com atitude mais agressiva e menos contemplativa, que promete agitar as dinâmicas internas de Pandora. Se o segundo filme nos levou para os recifes e os mares cristalinos, agora parece que o fogo vai dominar a paisagem.
O tom do filme é anunciado como mais sombrio e emocional, o que não surpreende vindo de Cameron, que já afirmou em entrevistas que os próximos capítulos vão explorar de forma mais profunda as relações familiares, o trauma e as consequências da guerra. Para além de Cameron, o guião é assinado por Rick Jaffa e Amanda Silver, dupla que colaborou também em “O Caminho da Água”.
“Avatar: O Caminho da Água” (2022) teve a difícil missão de retomar a história depois de 13 anos de hiato, e apesar de críticas mistas ao nível da narrativa, arrecadou mais de 2 mil milhões de dólares em bilheteira, confirmando que o fenómeno continua vivo. Com “Fogo e Cinzas”, a produção quer provar que há muito mais a contar — e mostrar — neste universo em expansão.
A estratégia da saga já está traçada até ao fim da década, com dois novos filmes planeados para 2029 e 2031. Cameron garante que as filmagens estão pensadas como um grande puzzle, com cenas de vários capítulos a serem rodadas em paralelo, para garantir continuidade e poupar custos com o elenco juvenil que, naturalmente, cresce na vida real.
“Avatar: Fogo e Cinzas” tem ainda o desafio de equilibrar a inovação tecnológica com o envolvimento emocional, coisa que o primeiro filme fez de forma quase milagrosa em 2009. Resta saber se este novo capítulo consegue manter os olhos do mundo colados ao ecrã