Mayhem: Lady Gaga em modo camaleão sonoro

Eduardo Marino

Lady Gaga está de volta com Mayhem, um álbum que mistura nostalgia e inovação, levando-nos numa viagem pelos sons que moldaram a sua carreira.

Após cinco anos de silêncio discográfico, Lady Gaga regressa com Mayhem, um álbum que nos transporta aos primórdios da sua carreira, mas com uma abordagem fresca e experimental.

A faixa de abertura, “Disease”, mergulha no dance pop com toques de música industrial, apresentando uma energia crua que remete ao punk rock, uma primeira amostra deste novo álbum que não atingiu o impacto desejado nas tabelas de vendas, ficando aquém das expectativas. Segue “Abracadabra”, uma mistura de electropop e dark pop, numa faixa energética que evoca a era de The Fame, mas com uma produção mais polida. Segue-se “Killah” (faixa que funde influências de Prince e David Bowie), onde Gaga explora territórios mais sombrios, lembrando-nos da sua fase Born This Way.

Cada música em Mayhem parece beber de influências distintas, desde o funk ao rock, passando pelo electro-pop, mostrando a versatilidade que sempre a caracterizou. Entre as faixas mais populares destaca-se “Die with a Smile”, uma colaboração com Bruno Mars que arrecadou um Grammy e atingiu o primeiro lugar no Billboard 200.

Este regresso às raízes pode ser visto como uma resposta à nova vaga de artistas pop que domina as tabelas de vendas. Gaga parece querer reafirmar o seu lugar no panteão pop, mostrando que ainda tem muito a oferecer num cenário musical em constante mudança.

A mensagem de Mayhem é clara: abraçar o caos e a emoção, sem medo de revisitar o passado enquanto se explora o futuro. Num mercado saturado de novas estrelas pop, Gaga reafirma a sua relevância, mostrando que a experiência e a capacidade de reinvenção são armas poderosas.

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