Como se não houvesse amanhã

Francisco Pereira

Sérgio Godinho

Por: Comunicado de Imprensa

Já chegou aos escaparates literários a nova obra ficcional de Sérgio Godinho, o livro de contos “Como se não houvesse amanhã”.

Apresentado na Feira do Livro de Lisboa numa sessão conduzida por Francisco José Viegas, “Como se não houvesse amanhã” reúne quinze histórias sobre o suicídio, marcando o regresso do “escritor de canções” à escrita criativa depois em 2024 ter lançado o romance “A vida e morte nas cidades geminadas”.

Numa obra onde se ouve a melodia de um dos maiores músicos portugueses, contam-se quinze histórias de suicídios – por vezes não consumados – e de personagens a quem o destino já marcou a hora. Há uma arquitecta que quer matar o chefe e que acaba por, em simultâneo, procurar o suicídio. Amantes que veem o tempo esgotar-se e resolvem apostar tudo num último lance, perigoso e desinteressado. Actores que querem representar o derradeiro papel de glória, consagração e celebridade. Mas também antigos amantes que se reencontram para se salvarem e perderem num só dia fatal. Um surfista que fica tetraplégico a quem a namorada encontra um sentido para a vida e para fugir da morte. Noctívagos que acabam por não resistir ao cansaço e à exaustão final. Um camionista que deixa para trás a amante numa cidade longínqua.

Almas devoradas pela doença do ciúme e não encontram cura. Personagens enfrentam o desalento e a dificuldade da vida em circunstâncias singulares, que sempre lhes exigem decisões difíceis. São almas que esvoaçam como borboletas diante do fogo. Ou no meio do fogo, como a literatura.
Anunciado há umas semanas atrás, Sérgio Godinho é o “Autor Homenageado” da edição de 2025 da Feira do Livro do Porto. Uma forma de distinguir o seu contributo nas áreas da cultura, da literatura e da arte.

Com actividade artística iniciada há cinco décadas, Sérgio vê assim o seu nome ser associado a grandes nomes da literatura nacional, como Eugénio de Andrade, Manuel António Pina, Vasco Graça Moura ou Sophia de Mello Breyner, entre outros. A par de diversas actividades em torno e com a participação de Sérgio Godinho, o seu nome será eternizado numa tília dos Jardins do Palácio de Cristal. Uma justa e merecida homenagem que decorrerá entre 22 de Agosto e 7 de Setembro no ano em que o autor de “O Primeiro Dia” celebra 80 anos de vida.

Partilha

TAGS